segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Conselho Municipal de Defesa Civil de Itaúna é reativado



Órgão é reativado para desenvolver ações estratégicas na prevenção de desastres 

Tomaram posse na tarde de terça-feira, 08 de agosto, os membros do Conselho Municipal de Defesa Civil – Comdec. A solenidade foi realizada no gabinete do prefeito Neider Moreira. O órgão é responsável por implementar e executar ações estratégicas de monitoramento das áreas de risco, elaborar o Plano Anual de prevenção aos desastres e manter atualizadas e disponíveis as informações do Sistema Nacional de Defesa Civil – Sindec.

Thiago Aníbal Ferreira Ribeiro é o presidente do novo Comdec. Instituído pela lei n.º 4.174, de 2007, o Conselho é formado por 10 representantes vinculado aos órgãos governamentais e cinco da sociedade civil organizada. “Agir com precaução e antecipar as situações de riscos estruturam a política de prevenção de danos que será o norte para o trabalho da Defesa Civil em Itaúna. A formação do Conselho, com representantes de diferentes instituições e setores da sociedade, fortalece a atuação do Governo e minimiza os efeitos danosos das forças naturais”, reforçou o coordenador municipal da Defesa Civil de Itaúna.

O novo presidente cumprimentou a equipe. “Agradeço a confiança e reforço que o Conselho tem papel fundamental na cidade uma vez que é em comunidade que as pessoas têm oportunidade de discutir seus problemas e encontrar soluções conjuntas, de forma democrática”, completou Thiago Aníbal.

O secretário Municipal de Governo, Alisson Diego Batista Moraes, representando o prefeito Neider Moreira, destacou a importância de estruturar o Comdec, que estava desativado desde 2013, há quatro anos. “A Defesa Civil só é lembrada nos momentos de desastres, mas as pessoas devem saber que a utilidade do Conselho vai além das calamidades, uma vez que podem agir preventivamente de diversas maneiras. Com o apoio do Governo de Itaúna, o órgão renasce fortalecido”, esclareceu.

Tomaram posse, além do coordenador Municipal de Defesa Civil como presidente do Comdec, o atual chefe do Executivo, que será vice-presidente, o vereador Lacimar representando a Câmara Municipal; Sirley de Freitas Santos (Polícia Civil / 33ª Delegacia Seccional); Oficial PM Alex Tavares Margotti (Polícia Militar de Minas Gerais / 5ª CIA Independente), Glauber Lúcio de Souza (representante do Poder Judiciário / Fórum de Itaúna); Subtenente José Aparecido Campos (Corpo de Bombeiros Militar MG 2ª CIA / 10º Batalhão); Gláucio Antônio Marques de Carvalho (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços); Gilberto Gonçalves de Lima (Secretaria Municipal de Saúde); Juvenal Caetano Moreira Júnior (Secretaria Municipal de Assistência Social); Gláucio Martins de Souza (Secretaria Municipal de Regulação Urbana); Tales Fabiano da Silva (Serviço Autônomo de Água e Esgoto / SAAE); e dos órgãos não governamentais: Augusto Gomide de Castro Silva (Rotary de Itaúna “Cidade Universitária”); Francis José Saldanha Franco (Loja Maçônica “Mestre Chauer Chequer); Adriana Maria Marques (Paróquia de Sant'Ana); Samuel Ferreira do Lago (Associação dos Evangélicos de Itaúna – Assevi); Afonso Henrique da Silva Lima (Centro de Desenvolvimento Social e Empresarial - CDE ).




segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Veritas Vincit

Desde janeiro tenho ouvido ilações de que a gestão municipal teria sido entregue "em dívidas". Em razão disso, fiz um post na última semana. Um post simples, sem nominar ninguém, sem atacar ninguém, sem quaisquer objetivos "políticos". Um texto genérico e impessoal. 

Entretanto,  para a minha surpresa, a página oficial da prefeitura no Facebook (criada em minha gestão para interagir com a população e demonstrar transparência) fez uma publicação ofensiva a mim, além de desconexa e desarrazoada (o que jamais vi em nenhuma publicação oficial).

Só para constar que foi no "tempo de poesia" que se adquiriu a maior frota pública da história do município, que se realizou o maior conjunto de pavimentações, que se fez a maior obra pública, que se implementou a 5ª equipe de PSF, a UBS, a Farmácia Pública, o Museu, as dezenas de pontes, que se reajustou como nunca a subvenção da Santa Casa, que reformou a escola do Pará dos Vilelas, que pavimentou morros nas comunidades rurais, que estruturou o distrito industrial Pedro Dias da Silva, que criou o auxílio transporte universitário, que implementou o Samu, o ingresso ao CISMEP, que ampliou os exames no posto de saúde, dentre outras tantas conquistas e realizações que não pertencem a gestões, tampouco a prefeitos, mas sim a todo o povo.

Na imagem, destaco um cartão que recebi da diretoria da Santa Casa de Itaguara em 29/12/2016 agradecendo a parceria que estabelecemos e o "serviço humanitário prestado" durante os meus dois mandatos como prefeito.


Lamento muito o episódio e espero que haja maturidade e juízo na condução da gestão pública municipal.

Com tranquilidade e pacifismo,

Alisson Diego Batista Moraes
Prefeito de Itaguara / Gestões 2009-2012 e 2013-2016

PS1: Sobre a suplementação orçamentária, não havia condições políticas e administrativas (o tempo era escasso, focamos plenamente no fechamento orçamentário, balanços, etc). E torno a ressaltar: deixamos dinheiro em caixa sim! Mais do que o suficiente para fazer frente às subvenções e consertos de veículos.

PS2: Quando tomei posse como prefeito também herdei 2 repasses de "atraso" à Santa Casa. Da mesma maneira que eu, o ex-prefeito também deixou recursos para fazer frente à essa despesa, conforme preconiza a lei. Não fizemos "politicagem" com este fato.

PS3: A surpresa foi grande pela publicação ofensiva na página oficial da prefeitura, sobretudo, porque de outubro a dezembro fizemos uma transição plenamente civilizada. Espero que isso se restabeleça pelo bem da cidade.

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Pelo bem da verdade

Tenho me mantido discreto e prudente como penso que deve ser a atuação de um ex-chefe do poder executivo que se preze. Vejamos Obama e a sua postura discreta após o fim de seu mandato presidencial. Mas discrição não há que se confundir com passividade, sobretudo diante de inverdades. E é exatamente por isso que faço esta postagem.

Quero deixar claro: Entregamos a Prefeitura de Itaguara em 31/12/2016 com DINHEIRO EM CAIXA! Ao contrário da grande maioria das cidades de Minas e do Brasil (vide documento a seguir). Não deixei dívidas sem correspondentes valores para quitá-las! 

Faço questão de elucidar: o repasse da Santa Casa só não foi feito em dezembro de 2016 porque não havia dotação orçamentária (ou seja, havia recursos, não autorização orçamentária), mas deixamos o dinheiro em caixa para regularizar a subvenção. Dinheiro que dava tranquilamente para pagar consertos de carros e máquinas, subvenções da Santa Casa e ainda sobrava e MUITO!

Pretendo me manter discreto, todavia não aceitarei inverdades! O documento que apresento aqui é o fechamento das contas de 2016 enviado ao Tribunal de Contas e comprova os recursos que deixamos em caixa. Mais de 4 MILHÕES de reais entre recursos vinculados e não vinculados e quase R$ 2 MILHÕES de recursos completamente livres.

Agradeço mais uma vez a confiança de todos e termino com uma oportuna frase atribuída a Churchill: ‎"A verdade é inconvertível, a malícia pode atacá-la, a ignorância pode zombar dela, mas no fim; lá está ela."

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Notas de um corredor: Corrida do Galo 2017



 Era pra ser uma corrida muito tranquila, afinal de contas 10 km é a minha especialidade, o clima estava satisfatório e havia treinado exatamente essa distância durante a semana e feito um bom tempo. Mas essa frase já denuncia que não foi bem assim, né? E não foi mesmo!

Os quatro primeiros quilômetros os completei com média 4.30 - tempo que prenunciava uma prova excelente, bem abaixo dos 50 minutos. Mas, justamente, um pouco antes da metade da prova, uma câimbra inesperada, inoportuna e indócil me surpreendeu. Nunca havia sofrido uma câimbra numa prova em mais de uma década de corrida. E não foi uma câimbra qualquer. Foi uma câimbra daquelas!

Subitamente tive de parar. Reação imediata e inevitável. Mal conseguia colocar o pé no chão. A dor cortante perpassava toda a coxa direita. Justamente a bendita perna direita, a minha perna mais forte.

O pensamento rasante projetava mil cenários e, pela primeira vez na vida de corredor, considerei desistir. Mas nunca deixei de completar uma prova em maisde 15 anos de corridas! Seria hoje? Uma prova aparentemente simples de 10k? Não era possível!Isso tudo se deu em menos de um minuto - uma eternidade para uma corrida de 10k. Decidi retomar a prova. A dor não passava e passei suportá-la com lágrimas. Tive de me valer totalmente da perna esquerda e utilizar a direita apenas como apoio.

Acostumei-me com o passar dos segundos mais eternos e angustiantes possíveis. Não foi sem esmorecimento e dor que me habituei a correr numa média 6.4 e ver muita gente me ultrapassando. Gente que aparentemente sequer tinha hábito de corrida. Fiquei a imaginar a sensação de plena impotência dos pilotos de automobilismo quando os carros estragam no seu melhor momento. A analogia era perfeita: o carro era meu corpo, o piloto era minha mente. E a sensação de impotência era a mesma. E não havia muito o que fazer: era superar a dor e tocar em frente, no ritmo que desse, até o carro cruzar a linha de chegada.

Foi o que fiz. Quando a dor apertava, as lágrimas, involuntariamente, desciam no rosto. Evitava até olhar para as ambulâncias e equipe de apoio porque se me vissem naquele estado me convenceriam a parar. Mas não parei. Fui até o final, arrastando dolorosamente, mal dobrando a perna direita. Quando vi a linha de chegada nem acreditei. A dor aumentou implicantemente no finzinho, mas cheguei com pouco menos de uma hora.

O que era pra ser mais uma corrida se transformou na mais dolorosa prova que já corri. Foi superação e dor a cada passo, a cada segundo – e, mais uma vez, correr foi uma extraordinária lição de vida. Fui literalmente salvo pela perna esquerda, pelas lágrimas e pela teimosia.

Durante o sofrimento da corrida, tive uma certeza e uma motivação: era preciso escrever uma crônica. Ei-la!

PS: Essa nem foi a única dor do fim de semana. A perda do querido tio Darci foi dor maior. Dor de alma sempre suplanta a física. Mas o que é a vida, se não a superação de dores?

PS2: Sistemático que sou, depois avaliarei fisiologicamente as razões dessa maldita câimbra, se faltou potássio, se não me hidratei direito, se exagerei no pique, se a alimentação não foi adequada ou se foi um simples capricho da máquina humana.