segunda-feira, 29 de julho de 2013

CVT Itaguara oferece novos cursos

O mercado de trabalho atual exige formação qualificada e é dever do Poder Público, em parceria com escolas profissionalizantes, oferecer as oportunidades de qualificação profissional. Pensando nisso, o Centro Vocacional Tecnológico de Itaguara (CVT) está oferecendo vagas para diversos cursos. As matrículas já estão abertas.

Cursos presenciais, ministrados pelo SENAC através do PRONATEC: 

1. Cabeleireiro - 400 horas. 6ª série e 16 anos completos; 16 vagas.
2. Auxiliar Financeiro - 180 horas. 2º grau e 18 anos completos; 30 vagas.
3. Auxiliar Administrativo - 180 horas. 2º grau incompleto e 16 anos completos. 30 vagas.
Inscrições: até 30 de agosto

CVT em parceria com o UAITEC:

1. curso de português - 25 vagas
2. curso de espanhol - 25 vagas
3. curso de francês - 30 vagas

ONS: Pré matrícula no endereço: http://www.uaitec.mg.gov.br/index/cadastrar
Português e Espanhol semi-presencial e Francês à distância. A duração é de até 6 meses. Após o cadastro o aluno deve comparecer na recepção do CVT, munido dos documentos descritos no Termo de Aceite para que a coordenação valide a pré-matrícula. 

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Os interessados devem procurar o CVT de Itaguara  -  Rua Major Antonio Luiz, n°32 , Centro. 

Mais informações pelo telefone (37) 3384 2276

CVT - O CVT de Itaguara é uma unidade da Rede de Formação Profissional Orientada pelo Mercado (RFPOM), projeto dos Governos Estadual e Federal, coordenado em Minas pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes - MG), com apoio da Prefeitura Municipal de Itaguara. O objetivo é ampliar a capacitação local e regional; combater a exclusão digital e social; gerar emprego e renda; e contribuir para a melhoria de vida da população a partir da capacitação profissional. Para isso, três frentes de trabalho estão em atuação: alfabetização digital, inovação e formação e aperfeiçoamento profissional.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

O Teatro Mágico em Itaguara

O Teatro Mágico é o show principal deste Festival de Inverno e Gastronomia e se apresentará em Itaguara neste sábado. Leia um pouco mais sobre este espetáculo, que promete ficar na história do Festival.

História do OTM (retirado do site do grupo)

O Teatro Mágico foi criado por Fernando Anitelli, ator, músico e compositor das canções do show. A equipe que o acompanha foi formada em dezembro de 2003 por amigos e artistas que acreditaram no projeto. Trabalha sem apoio de gravadoras ou campanhas midiáticas, alegando-se independentes. Já participaram de eventos patrocinados pelo poder público, como o Governo Federal e a Prefeitura de São Paulo. Possui três álbuns de estúdio: Entrada para Raros, O Segundo Ato e A Sociedade do Espetáculo. (Abaixo, vídeo do OTM tocando Eu não sei na verdade quem eu sou - uma das músicas de trabalho do novo álbum)


 A filosofia da trupe passa por construir sua participação na formação e diretriz do movimento Músicas Para Baixar (MPB) - comprometido com a defesa do livre compartilhamento de arquivos musicais via internet e flexibilização do direito autoral, que conta com adesão de artistas e músicos preocupados com a questão da censura na web. 

Inspiradas nas obras de Hermann Hesse, escritor alemão ganhador do Prêmio Nobel de Literatura que apresentou o conceito de teatro mágico em seu livro O Lobo da Estepe, as composições tratam dos personagens que as pessoas precisam assumir nas diversas situações do cotidiano. As canções vão sendo intercaladas pelo traçado tecnológico de ruídos telefônicos, sinais de rádio e mensagens de voz. Os integrantes da trupe se apresentam maquiados e vestidos de palhaço, que trazem a ideia do "personagem interno" escondido em cada um de nós. 

Apesar de envolver várias expressões artísticas, a linguagem musical e cênica é popular e acessível para todo tipo de público, independente de idade e classe social. 

Embalando todas as canções, destacam-se: violões, violino, guitarra, baixo, percussão, flauta, DJs, gaita, xilofone, bateria, bandolim e sonoplastia. São 10 músicos e 3 artistas circenses, e algumas participações esporádicas como a da percussionista Simone Soul (Funk Como Le Gusta) e de alguns músicos do grupo pernambucano Cordel do Fogo Encantado, que também participaram da gravação do CD.

Em 19 de abril de 2008, o grupo se apresentou no programa Altas Horas, da Rede Globo, com uma apresentação circense, o grupo cantou "Camarada d’água" no programa. Em 18 de Junho de 2008, três anos depois do lançamento de seu primeiro álbum, O Teatro Mágico fez o lançamento de seu segundo álbum de estúdio, intitulado O Teatro Mágico: Segundo Ato. 

No dia 28 de março de 2009, voltaram a se apresentar no programa Altas Horas, cantando duas canções do novo álbum, "Pena" e "Mérito e o Monstro". O programa contou também com a presença da apresentadora Xuxa Meneguel e da cantora Ivete Sangalo, que também se embalaram ao som da trupe.

No dia 24 de abril de 2010, participaram da novela Viver a Vida da Rede Globo. A trupe se apresentou na inauguração de um restaurante da trama, executando as músicas O "Anjo mais velho" e "Pena".


A Sociedade do Espetáculo: O novo trabalho de O Teatro Mágico.


"A Sociedade do Espetáculo" vem para completar a trilogia da Cia musical O Teatro Mágico. Há mais de 8 anos na estrada, a trupe se consolidou como principal fenômeno da internet no Brasil, obtendo mais de 6 milhões de downloads oficiais na rede, Milhões de views no Youtube, centenas de seguidores e fãs em redes sociais além de aparições importantes em programas da mídia tradicional. Este novo trabalho representa o amadurecimento musical da banda no último período, que compreende o lançamento do "Segundo Ato" (2008) e agora. Com o grande diferencial da produção de Daniel Santiago, integrante da banda e parceiro de Hamilton de Holanda, músicos entre os principais expoentes da musica instrumental contemporânea brasileira. Com o confronto de idéias no estúdio, o TM agora se propõe fazer um pop moderno, sofisticado e fundamentalmente brasileiro. As músicas continuam "acessíveis ao público" o que resguarda a essência do projeto, mas agora OTM se apresenta bebendo desde Milton e clube da esquina até a guarania gaúcha. Sem dúvida alguma, "A Sociedade do Espetáculo" tem seu diferencial na inovação estética musical, capaz de reunir elementos da música internacional com uma forte brasilidade, fazendo assim, uma fusão de ritmos.

Música + poesia + arte = O Teatro Mágico

Influência filosófica:


O álbum "A Sociedade do Espetáculo" foi inspirado na obra de Guy Debord, que tem o mesmo título. A obra ainda atual do filósofo francês versa sobre a imagem enquanto elemento organizador da sociedade do consumo, transformando a realidade em ficção, e a ficção em realidade. O conteúdo das melodias e letras traz o questionamento do mundo em que vivemos hoje, como em "Amanha...será?" inspirada nas atuais manifestações que acontecem no oriente médio organizadas pela Internet, e "Esse Mundo Não Vale o Mundo", com letra que remete à Carlos Drumond de Andrade. Assim como no álbum anterior, a trupe discute o seu cotidiano político/cultural, sem esquecer também o lado sentimental, como foi no primeiro CD (Entrada para Raros, 2003), álbum este que resgata um humanismo individual e coletivo, provocando uma catarse com o forte tom positivista que só sabe quem já esteve em um show d'O Teatro Mágico.

sábado, 20 de julho de 2013

Unidade Móvel de Mamografia Realiza Centenas de Exames em Itaguara


 A Unidade Móvel de Mamografia, da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG),  realizou de 08 a 19 de julho cerca de 300 mamografias em Itaguara. A paciente Aparecida Gonçalves da Silva Andrade ficou feliz em ter realizado o exame na própria cidade: "A gente fica agradecida de ter feito o exame aqui mesmo em Itaguara, porque é muito difícil a gente precisar sair para outra cidade para fazer o exame. Foi bom demais, fui muito bem atendida e estou satisfeita", disse.


Para o Secretário Municipal de Saúde, Edvard Mamede, o Programa Estadual de Controle do Câncer de Mama do Estado é importante por atender às demandas locais e privilegiar o conforto das pacientes.  “Itaguara ficou muito feliz com esta ação. Gostamos muito e o resultado foi satisfatório", disse o secretário.

Resultado

A Agilidade na entrega dos exames também é outra característica do Programa.  O resultado fica pronto logo que mulher termina o exame, ele é encaminhado para um médico para fazer o laudo. Pronto, é enviado para o município no prazo de 5 a 07 dias.


O resultado do exame é classificado em azul, verde, laranja e vermelho. O azul, é considerado exame normal e a paciente é agendada para o exame clínico das mamas e deverá realizar uma nova mamografia a cada dois anos.

Se recebe o diagnóstico é de cor amarela, o exame é considerado alterado, com achado provavelmente benigno, sendo que é realizado um exame clínico das mamas e repetição da mamografia em 6 meses. Neste caso, é realizado o controle mamográfico por três anos para se confirmar a estabilidade da lesão e retorno ao ginecologista.

Caso venha na cor laranja, o médico faz o exame clínico das mamas e uma  ultrassonografia mamária ou ressonância magnética, além de encaminhar a paciente para o ginecologista.

Já o de cor vermelha é considerado caso grave  e a paciente é encaminhada imediatamente para o mastologista nos Centros de Alta Complexidade em Oncologia.

Como agendar o exame

Mulheres da faixa etária de 45 a 69 anos que queiram realizar o exame de mamografia devem procurar a unidade de saúde mais próxima de sua casa e solicitar a guia para realização do exame ou então obter o documento via internet por meio da página facebook.com/saudemg.

domingo, 14 de julho de 2013

XIII Festival de Inverno

Oficialmente, a décima terceira edição do Festival de Inverno e Gastronomia de Itaguara começou ontem com a apresentação de diversas peças teatrais sob a coordenação do Grupo Teatro Invertido. Nos próximos dias, haverá uma série de atividades culturais em Itaguara. O prefeito Alisson Diego escreveu sobre esta edição do Festival.

XIII Festival: A Peculiaridade Universal do Ser Mineiro


Uma das frases mais célebres quando se fala de mineiridade é do nosso quase conterrâneo, João Guimarães Rosa, que, sabiamente, poetizou antropologia em Ave Palavra: "Minas Gerais é muitas. São, pelo menos, várias Minas (.) Porém, são poucos aqueles que conhecem as mil faces das Geraes...". Pode-se afirmar que boa parte da genialidade de Rosa veio da inspiração na diversidade de Minas; e foram estas peculiaridades que o escritor traduziu em universalidades. É exatamente esse mesmo espírito da diversidade, tão característica do “ser mineiro”, que motiva a décima terceira edição de nosso Festival de Inverno e Gastronomia.

Nos últimos anos, o Festival consolidou-se, definitivamente, como um dos mais importantes eventos culturais da região e já está no calendário dos Festivais de Inverno do estado. Isso enche Itaguara de satisfação! Não pela exposição midiática, mas porque a cultura passa a ser cada vez mais tangível a cada cidadão.

Em verdade, o que fazemos ao realizar o Festival é garantir a cada itaguarense o legítimo direito à cultura, preconizado sapientemente na Constituição Federal, em seu artigo 215. Possibilitar o pleno exercício dos direitos culturais e o acesso às fontes de cultura é um inexorável dever do Poder Público. Por isso o tema “ser mineiro” é tão importante, uma vez que significa o resgate daquilo que nos é mais caro: as nossas origens, as raízes que nos fazem o que somos, a nossa cultura.


As mas diversas manifestações culturais estarão representadas neste XIII Festival de Inverno, numa harmonia perfeita entre tradição e modernidade. Veremos que a tradição é fundamental para a o que nominamos "mineiridade", mas veremos também que a mineiridade se constrói a cada dia e o mineiro é um grande artista da vida em permanente construção, equilibrando história e vanguarda – e assim, vai cumprindo a vida.

Pois bem, para que isso não vire um simulacro de pseudo-ensaio antropológico, vou encerrar desejando a todos um excelente Festival! Aproveite a festa, visite o Museu Sagarana, caminhe pela cidade e sinta a mineiridade no olhar de cada pessoa. 

Alisson Diego Batista Moraes

Prefeito de Itaguara

P.S: De um dos escritores que melhor representa a mineiridade nos dias atuais, o mineiríssimo e universal Frei Betto: “Minas é saborosamente mágica. Ave, Minas! Batizada Gerais, és uma terra muito singular.”
 - Leia o Texto Integral "Ser Mineiro" no site do oficial do Frei Betto -> Ser Mineiro, por Frei Betto.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

XVI Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios

O prefeito Alisson Diego participou, pelo quinto ano consecutivo, da Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, uma mobilização democrática, realizada anualmente desde 1998, contando com a presença de mais de 5 mil participantes: prefeitos, secretários municipais, vereadores, senadores, governadores, parlamentares estaduais e federais, ministros e presidentes da República. Durante o evento são discutidas questões que influenciam o dia-a-dia dos Municípios e são apresentadas as reivindicações do movimento municipalista.

Na carta de convocação da Marcha, o presidente da CNM (Confederação Nacional dos Municípios), Paulo Ziulkoski destacou:  "Estamos inseridos em um complexo sistema, por meio do qual, em decorrência do desequilíbrio das relações federativas, o país está sendo levado ao estrangulamento das políticas públicas. Ao mesmo tempo em que se aumentam as demandas da população e se repassam para os Municípios as competências para atendê-las, os recursos continuam concentrados na esfera federal. Apesar de a situação não ser recente, ela tem se agravado com o passar do tempo. O Município tem tentado cumprir com sua responsabilidade de atender às demandas do cidadão. No entanto, assim como é nosso o enorme sacrifício de vencer dificuldades e apresentar soluções, é nosso também o dever de alertar toda a sociedade sobre as consequências causadas pela adoção deste sistema federativo desigual e injusto".
Mais de 4 mil prefeitos presentes. Foto: Ascom CNM
Diego acredita que o encontro é uma das melhores oportunidades de se discutir o Municipalismo e a Federação. "Todos sabemos a situação complexa dos municípios brasileiros, sobretudo os pequenos e médios. Para cobrar e, sobretudo, para refletir o municipalismo é fundamental reunir os prefeitos na capital federal, centro das discussões federativas"

A XVI Marcha teve programação variada e a saúde foi um dos temas mais discutidos. Os ministros Alexandre Padilha e Aloizio Mercadante explanaram sobre o recém lançado programa "Mais Médicos". Houve relatos de prefeitos de que há médicos especialistas recebendo até 70 mil reais do poder público. "Recebem de diversas prefeituras e não conseguem cumprir os horários. A situação é complicada", relatou um prefeito da região norte.

A presidenta Dilma também esteve presente no evento e fez importantes anuncios para os prefeitos brasileiro, destacando-se o aumento do PAB e duas parcelas do Apoio Financeiro aos Municípios (AFM), a primeira em agosto deste ano e a segunda em abril de 2014 (Itaguara deverá receber cerca de 300 mil reais, na soma das duas parcelas).


O prefeito itaguarense evidenciou que o saldo da XVI Marcha é positivo: "Mais uma vez voltamos de Brasília com uma agenda positiva definida e algumas conquistas efetivas. Entretanto, é preciso fundamental que tenhamos uma agenda municipalista permanente. O debate sobre a Federação não se encerra aqui, ao contrário, precisamos lutar diuturnamente por um federalismo cada vez mais efetivo em nosso país".

Clique nos links e leia, na íntegra a Carta da XVI Marcha e a Nota da CNM sobre os anúncios do Governo Federal.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Escola Municipal Implanta Sala de Recursos Pedagógicos


Alunos que apresentam algum tipo de deficiência precisam desenvolver habilidades para participar das aulas,  para isso já existem as salas de Recursos  Pedagógicos que funcionam de verdade para realizar a inclusão. Isso já se tornou realidade na Escola Municipal Padre Geraldo Rodrigues Costa, com a implantação sala de recursos pedagógicos.


Os números do último censo escolar são o retrato claro de uma nova tendência: a educação de alunos com deficiência se dá, agora, majoritariamente em classes regulares. Seis em cada dez alunos nessa condição estão matriculados em salas comuns. Em 2011, esse índice era de apenas dois em cada dez estudantes. O aumento merece ser comemorado, mas que não esconde um grande desafio: como garantir que, além de frequentar as aulas, crianças e jovens aprendam de verdade?
Diferentemente do que muitos pensam, o foco do trabalho não é clínico. É pedagógico. Nas salas de recursos, um professor (auxiliado quando necessário por cuidadores que amparam os que possuem dificuldade de locomoção, por exemplo) prepara o aluno para desenvolver habilidades e utilizar instrumentos de apoio que facilitem o aprendizado nas aulas regulares. “Se necessário atendimento médico, o procedimento é o mesmo que o adotado para qualquer um: encaminha-se para um profissional da saúde. Na sala, ele é atendido por um professor especializado, que está lá para ensinar.”


Os exemplos de aprendizagem são variados. Estudantes de baixa visão aprendem o braile para a leitura, alunos surdos estudam o alfabeto em libras para se beneficiar do intérprete em sala, crianças com deficiência intelectual utilizam jogos pedagógicos que complementam a aprendizagem, jovens com paralisia descobrem como usar uma prancheta de figuras com ações como “beber água” e “ir ao banheiro”, apontando-as sempre que necessário. “Desenvolver essas habilidades é essencial para que as pessoas com deficiência não se sintam excluídas e as demais as vejam com normalidade”.

Texto: Secretaria Municipal de Educação

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Bandinhas: Manuel Bandeira sobre a Banda de Itaguara


A historiadora itaguarense Ana Maria Nogueira Rezende mostrou-me uma preciosidade alguns anos atrás. lembrei-me especialmente dela nesta semana, ao terminar a prazerosa leitura da Antologia Poética de um dos maiores poetas de nosso tempo, Manuel Bandeira.

Leia abaixo a belíssima crônica escrita pelo poeta, ao ouvir pela Rádio Nacional a apresentação de nossa Banda de Música Nossa Senhora das Dores:


BANDINHAS
Manuel Bandeira

DOMINGO PASSADO, à noite, liguei o rádio, girei o ponteiro e quando êle caiu na onda da Agência Nacional, comecei a ouvir uma coisa deliciosa - a inefável valsinha "Saudades de Ouro Prêto", tocada de corpo presente pela bandinha de Nossa Senhora das Dores de Itaguara. Onde ficará Nossa Senhora das Dores de Itaguara? Sei, por enquanto, que é em Minas. Procurei em vão o nome no Atlas Geográfico Melhoramentos, encontrei o de Itaguara no livro Divisão Territorial do Brasil, editado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Sei ainda, por informação do locutor da Nacional, que Nossa Senhora das Dores de Itaguara está a 24 horas de ônibus. Deve, portanto, ser um paraíso.

Uma das lembranças mais gratas que eu conservava das minhas andanças pelo interior no Brasil era a das bandinhas municipais. No começo do século não havia cidadezinha nossa que não tivesse a sua. Às vezes tinha duas, que se emulavam galhardamente, como na Campanha mineira, por volta de 1906, a dos irmãos Grilos e a do Pompeu. Parece que de lá para cá as coisas mudaram e esse gênero tão simpático da cultura musical popular decaiu por tôda parte. Agora tentam reanimá-la e sinal disso é essa excursão da bandinha de Nossa Senhora das Dores de Itaguara à nossa Capital. É de esperar que outras municipalidades do interior imitem o gesto da mineira e nos mandem cada uma a sua charanguinha.

A banda de Nossa Senhora das Dores de Itaguara fêz um bonito domingo. Foi uma série de dobrados que me matou as saudades raladas em que eu andava de trombones e pistões. Desde menino tenho um cantinho do coração reservado para os bonitos dobrados. Adoro Bach, Vivaldi, Mozart, mas adoro também essa maravilha que é o "Cisne Branco". Vila-Lôbos me prometeu em disco essa e outras obras-primas do gênero (o "Andrade Neves", por exemplo). Jacaré me mandou? Nem êle! Certo dobrado da bandinha de Itaguara (esqueceu-me o nome, mas esta é de autoria de um músico local) tinha a mesma pungência nostálgica, o mesmo brio rítmico do "Cisne Branco". Fiquei encantado.

Será que Carlos Drummond de Andrade ouviu êsse programa da Agência Nacional? Que excelente assunto para uma crônica como estas que ele reuniu no recente volume Fala, Amendoeira! Saibam os leitores que ganhei um exemplar de luxo com a seguinte dedicatória:

Tu falavas tanto, amendoeira...
Por que hoje te calas, criatura?
- Assim ouço melhor a pura
Flauta de papel do Bandeira.
Ao que respondo assim:
Carlos, teu fã Manuel Bandeira
Tem apurado o ruim flauteio
Escutando certa amendoeira
Do pátio interno do "Correio".

4/12/1957

Retirada do Livro:
Manuel Bandeira. Poesia e prosa. Introdução geral por Sergio Buarque de Holanda e Francisco de Assis Barbosa. Rio de Janeiro: Editôra José Aguilar, 1958. 2 volumes.
páginas 595-596
Clique na imagem abaixo para ampliá-la:



Festival de Inverno e Gastronomia 2013

A Prefeitura de Itaguara divulgou nesta semana a programação oficial do Festival de Inverno e Gastronomia 2013. A programação deste ano está ainda mais eclética e ao mesmo tempo cultural. As atividades começam no dia 13 e terminam em 28 de julho.

A grande atração deste ano é O Teatro Mágico (TM), grupo musical formado em 2003 na cidade de Osasco, São Paulo, criado por Fernando Anitelli. O TM é um projeto que reúne elementos do circo, do teatro, da poesia, da música, da literatura, da política e do cancioneiro popular tornando possível a junção de diferentes segmentos artísticos numa mesma apresentação.

Outra grande atração é a dupla Don e Juan. -> Don & Juan começaram a carreira muito cedo. Don, nome artístico de Roberval Cardoso, aos seis anos de idade já fazia apresentações em sua cidade natal, Varginha, interior de Minas Gerais. Com o passar do tempo, formou uma dupla com irmão Rogério Cardoso, hoje Juan, e cresceram se apresentando em festas e exposições agropecuárias e, inclusive, em programas de TV, como Raul Gil e Barros de Alencar, por exemplo.

Além dos shows, há também diversas oficinas e atividades paralelas (mais informações e inscrições para as oficinas pelo telefone 3384 2699 - Secretaria Municipal de Cultura).

Clique na imagem abaixo e confira a programação completa de shows:



terça-feira, 2 de julho de 2013

Um ano sem Dona Zizinha

Dona Zizinha Lara partiu há um ano, mas não nos esqueceremos dela jamais. Símbolo de auspiciosa  dedicação e amor às causas educacionais, D. Zizinha merece o reconhecimento e o "relembramento" de nossa comunidade.

A foto acima foi tirada em 2011, num encontro de educadores na Casa de Dona Dorica com o professor português José Pacheco. Encontrei-a depois da palestra de Pacheco e falamo-nos por bons 20 minutos sobre educação, sociedade e Itaguara. Dona Zizinha era, acima de tudo, uma mulher otimista com o futuro. Que saibamos honrar sua memória e seu exemplo, construindo uma Itaguara cada dia melhor para todos.